quarta-feira, 29 de abril de 2009

Por mais que eu lutasse para não pensar nele, eu não lutava para esquecê-lo. Eu me preocupava - tarde da noite, quando a exaustão da privação de sono penetrava em minhas defesas - que tudo desaparecesse. Que minha mente fosse uma peneira e eu um dia não conseguisse me lembrar da cor exata de seus olhos, da sensação de sua pele fria ou da exata textura de sua voz. Eu podia não pensar naquilo, mas queria me lembrar de tudo.

{ Lua Nova, 102

domingo, 26 de abril de 2009

Masculinidade

O problema dos homens é que eles sentem a necessidade de marcar território constantemente. Sabe como os cachorros marcam território? Através da urina. E, quando o cheiro de xixi some dali, lá se vem os cachorros sem vergonha urinar na gente de novo. Saia, meu caro, saia. Que isto aqui, ah, esse território aqui já não te pertence mais. Teu xixi não surte mais efeito em mim. ;~

terça-feira, 21 de abril de 2009


'' No final eu ja sei vou ser feliz
Deixar fluir
O gosto da vitória eu vou sentir.
Não deixe ninguém te dizer que algo é impossivel que sonho é coisa de criança
Nada supera sua fé sua força de vontade sua crença naquilo que se acha impossivel.
Eu quero eu posso eu consigo são só três palavras que podem fazer sua vida mudar
Levante seja positivo acredite em você só não fique olhando o tempo passar.

sexta-feira, 17 de abril de 2009


        ' Ainda pior que a convicção do não, e a incerteza do talvez, é a desilusão de um quase. É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi. Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo... Pergunto-me, ás vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor, não me pergunto, contesto. A resposta eu sei de cor, está estampada na distância e frieza dos sorrisos na frouxidão dos abraços, na indiferença dos “bom dia” quase que sussurrados. Sobra covardia e falta coragem até para ser feliz. a paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai. Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, mas não são. Se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza. O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si. Não é que fé mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam... #'

quinta-feira, 16 de abril de 2009



O tempo passa.
Mesmo quando isso parece impossível.
Mesmo quando cada tique do relógio faz sua cabeça doer
como se fosse um fluxo de sangue passando por uma ferida.
Ele passa desigual,
em estranhos salavancos e levando a calmaria embora,
mas ele passa.
Mesmo pra mim.


New Moon

terça-feira, 14 de abril de 2009

Estamos com fome de amor

Baladas recheadas de garotas lindas, com roupas cada vez mais micros e transparentes, danças e poses em closes ginecológicos, chegam sozinhas e saem sozinhas. Empresários, advogados, engenheiros que estudaram, trabalharam, alcançaram sucesso profissional e, sozinhos.
Tem mulher contratando homem para dançar com elas em bailes, os novíssimos "personal dance", incrível. E não é só sexo não, se fosse, era resolvido fácil, alguém duvida?
Estamos é com carência de passear de mãos dadas, dar e receber carinho sem necessariamente ter que depois mostrar performances sexuais dignas de um atleta olímpico, fazer um jantar pra quem você gosta e depois saber que vão "apenas" dormirem abraçados, sabe essas coisas simples que perdemos nessa marcha de uma evolução cega. Pode fazer tudo, desde que não interrompa a carreira, a produção.

Tornamos-nos máquinas e agora estamos desesperados por não saber como voltar a "sentir", só isso, algo tão simples que a cada dia fica tão distante de nós. Quem duvida do que estou dizendo, dá uma olhada no site de relacionamentos ORKUT, o número que comunidades como: "Quero um amor pra vida toda!", "Eu sou pra casar!" até a desesperançada "Nasci pra ser sozinho!". Unindo milhares, ou melhor, milhões de solitários em meio a uma multidão de rostos cada vez mais estranhos, plásticos, quase etéreos e inacessíveis. Vivemos cada vez mais tempo, retardamos o envelhecimento e estamos a cada dia mais belos e mais sozinhos. Sei que estou parecendo o solteirão infeliz, mas pelo contrário, pra chegar a escrever essas bobagens (mais que verdadeiras) é preciso encarar os fantasmas de frente e aceitar essa verdade de cara limpa.

Todo mundo quer ter alguém ao seu lado, mas hoje em dia é feio, démodé, brega. Alô gente! Felicidade, amor, todas essas emoções nos fazem parecer ridículos, abobalhados, e daí? Seja ridículo, não seja frustrado, "pague mico", saia gritando e falando bobagens, você vai descobrir mais cedo ou mais tarde que o tempo pra ser feliz é curto, e cada instante que vai embora não volta mais (estou muito brega!), aquela pessoa que passou hoje por você na rua, talvez nunca mais volte a vê-la, quem sabe ali estivesse a oportunidade de um sorriso à dois. Quem disse que ser adulto é ser ranzinza, um ditado tibetano diz que se um problema é grande demais, não pense nele e se ele é pequeno demais, pra quê pensar nele.
Dá pra ser um homem de negócios e tomar iogurte com o dedo ou uma advogada de sucesso que adora rir de si mesma por ser estabanada; o que realmente não dá é continuarmos achando que viver é out, que o vento não pode desmanchar o nosso cabelo ou que eu não posso me aventurar a dizer pra alguém: vamos ter bons e maus momentos e uma hora ou outra, um dos dois ou quem sabe os dois vão querer pular fora, mas se eu não pedir que fique comigo tenho certeza de que vou me arrepender pelo resto da vida.

ps.: Antes idiota que infeliz!

(ArnaldoJabor)

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Tomo cuidado para que os desequilibrados
não abalem minha fé pra eu enfrentar
com otimismo essa loucura...

quarta-feira, 8 de abril de 2009

-
Eu vejo a vida melhor no futuro, eu vejo isso por cima de um muro de hipocrisia, que insiste em nos rodear (...) Eu quero crer no amor numa boa, que isso valha pra qualquer pessoa que realizar a força que tem uma paixão. Eu vejo um novo começo de era, de gente fina elegante e sincera, com habilidade pra dizer mais sim do que não. Hoje o tempo voa amor, escorre pelas mãos. Mesmo sem se sentir, e não há tempo que volte amor, vamos viver tudo o que há pra viver, vamos nos permitir.

Tempos modernos # Lulu Santos

terça-feira, 7 de abril de 2009

- O contrário de bonito é feio, de rico é pobre, de preto é branco, isso se aprende antes de entrar na escola. Se você fizer uma enquete entre as crianças, ouvirá também que o contrário do amor é o ódio. Elas estão erradas. Faça uma enquete entre adultos e descubra a resposta certa: o contrário do amor não é o ódio, é a indiferença.

O que seria preferível, que a pessoa que você ama passasse a lhe odiar, ou que lhe fosse totalmente indiferente? Que perdesse o sono imaginando maneiras de fazer você se dar mal ou que dormisse feito um anjo a noite inteira, esquecido por completo da sua existência? O ódio é também uma maneira de se estar com alguém. Já a indiferença não aceita declarações ou reclamações: seu nome não consta mais do cadastro.

Para odiar alguém, precisamos reconhecer que esse alguém existe e que nos provoca sensações, por piores que sejam. Para odiar alguém, precisamos de um coração, ainda que frio, e raciocínio, ainda que doente. Para odiar alguém gastamos energia, neurônios e tempo. Odiar nos dá fios brancos no cabelo, rugas pela face e angústia no peito. Para odiar, necessitamos do objeto do ódio, necessitamos dele nem que seja para dedicar-lhe nosso rancor, nossa ira, nossa pouca sabedoria para entendê-lo e pouco humor para aturá-lo. O ódio, se tivesse uma cor, seria vermelho, tal qual a cor do amor.

Já para sermos indiferentes a alguém, precisamos do quê? De coisa alguma. A pessoa em questão pode saltar de bung-jump, assistir aula de fraque, ganhar um Oscar ou uma prisão perpétua, estamos nem aí. Não julgamos seus atos, não observamos seus modos, não testemunhamos sua existência. Ela não nos exige olhos, boca, coração, cérebro: nosso corpo ignora sua presença, e muito menos se dá conta de sua ausência. Não temos o número do telefone das pessoas para quem não ligamos. A indiferença, se tivesse uma cor, seria cor da água, cor do ar, cor de nada.

# Martha Medeiros

domingo, 5 de abril de 2009

inverno :)

...''eu continuo me apaixonando por você, e desinteressando de você. às vezes eu amo você, às vezes você me deixa triste, às vezes eu me sinto bem, outras, eu me sinto usada. amar você me deixa tão confusa.''